Quando fazemos pesquisas sobre qualquer assunto em português, estamos acessando somente a ponta do iceberg que é a internet – mais precisamente 2,9% do iceberg.
A internet fala inglês
Segundo pesquisa realizada pela W3Tech, 54% de todo conteúdo indexável publicado na internet está em inglês¹. Isso não parece uma disparidade tão grande à primeira vista – até levarmos em conta que há mais de 6.000 línguas sendo faladas no mundo atualmente².
A diferença entre a quantidade de conteúdo criado e publicado em inglês em comparação com outros idiomas já foi bem maior nos primeiros anos da World Wide Web (a internet como a conhecemos). Isso se deve ao fato de que em seu início a Internet era predominantemente utilizada por usuários estadunidenses – em sua maioria funcionários públicos e egressos das universidades, onde primeiro se adotou a internet.
Em busca de maior visibilidade, os primeiros criadores de conteúdo ao redor do mundo começaram a uppar material em inglês³ – e a tendência se mantém até os dias de hoje.
O abismo entre o inglês e os demais idiomas na web se aprofunda quando falamos em conteúdo multimídia. Estima-se que por volta de 94% dos vídeos do YouTube, por exemplo, são publicados em inglês.
Produção científica
Outro fator que se apresenta como pressão para a criação e compartilhamento de conteúdo em inglês é a pesquisa científica. O inglês é a língua preferida para publicação de pesquisas em periódicos – novamente, pelo fato de o idioma ser a língua franca no mundo corporativo e acadêmico. Segundo algumas metodologias de avaliação, a publicação de artigos em inglês pode chegar a 80% do total dos artigos publicados*.
Em alguns países, como a Holanda, a publicação de artigos científicos em inglês ultrapassa a divulgação de ciência no idioma local em até 40 vezes. Isso significa que o conhecimento, inclusive sobre assuntos de relevância local, pode ser acessível apenas aos falantes de inglês.
Abra as portas do conhecimento!
Estamos experimentando a era da informação, muitas vezes chamada de “A 4ª Revolução Industrial” , onde o acesso ao conhecimento é, não só praticamente ilimitado, mas extremamente facilitado pela tecnologia. O problema para nós, lusófonos (como são chamados os falantes do português), é que somente uma pequena fração desse conhecimento está disponível em nosso idioma. Torna-se, portanto, essencial dominar a língua franca do conhecimento.
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¹Disponível em https://w3techs.com/technologies/overview/content_language/all, acessado em 15 de junho de 2019.
²Segundo pesquisa realizada pelo Ethnologue. Ethnologue 22ª Edição, 2019. Disponível em https://www.ethnologue.com/language/eng, acessado em 03 de maio de 2019.
³Disponível em https://qz.com/96054/english-is-no-longer-the-language-of-the-web/, acessado em 15 de junho de 2019.
*Disponível em https://www.researchtrends.com/issue-31-november-2012/the-language-of-fu…, acessado em 16 de junho de 2019.